Cada criminoso tem o seu modo de actuação. Cada 'teatro' tem a sua assinatura. Atacam sempre da mesma forma e com as mesmas armas. Torna-se mais 'simples' para as autoridades saber quem procuram quando conseguem associar o 'modus operandi' de cada criminoso.
A saudade funciona como um criminoso. Ataca sempre da mesma forma, nas mesmas ocasiões, com as mesmas armas e, às vezes, toma a mesma vítima.
Sei que, quando tenho um dia esgotante, sinto a falta daquele aconchego. Sei que, quando entro no carro e ponho a tocar uma música mais suave, a saudade me ronda. Sei identificá-la pelo silêncio. Em pés de lã, aproxima-se até me fazer chorar. Em pés de lã, aperta-me o peito. E, é também em pés de lã, que me atormenta até adormecer, sussurrando ao ouvido, com uma voz terna.
29/03/2009
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1 comentário:
Pelo menos as saudades que retratas são saudades doces e não daquelas amargas e traiçoeiras... Menos mal! :-)
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