30/09/2008
24/09/2008
Sabem como é?
Uma mulher apaixona-se. Corre mal. Chora. E tudo passa com o tempo. Promete que para a próxima não se entrega.
Conhece uma pessoa.
Pode apaixonar-se, ou não, mas por norma, apaixona-se. Corre mal. Chora, grita a plenos pulmões e odeia-se durante uns tempos. E tudo volta a passar. Repreende-se e obriga-se a não voltar a amar tão rápido.
O tempo passa. Conhece uma pessoa. Aproxima-se a medo. Receia voltar a magoar-se. Não diz tudo o que sente, porque não quer afastar essa pessoa. Porque não quer assustar essa pessoa. Porque quer que as coisas corram bem (para variar) com essa pessoa.
O tempo passa. Entre avanços e recuos, alguém lhe diz "Estás apaixonada!". E depois batem as saudades do cheiro, do riso, do beijo, da mão na mão, da cor dos olhos, do cabelo, do tom de voz...
Uma mulher apaixona-se. E depois... depois, logo se vê!
17/09/2008
Cheiro a mar
Já tentei escrever um livro. Daí resultou um rascunho mal amanhado do qual até tenho vergonha. Tentei. A sério que tentei.
Comecei por "Era uma vez..." e escrevi no fim "... e viveram felizes para sempre". Faltava-me o conteúdo do meio. Fechei os olhos com força e tentei imaginar o que me faria viver feliz para sempre. Imaginei o teu beijo. Imaginei o teu sabor. Imaginei o teu cheiro. Cheiravas a mar.
Abri os olhos e escrevi "Era uma vez um menino que cheirava a mar. Um belo dia, acordou bem cedo e olhou pela janela. Só viu prédios à sua frente... que decepção!". Uma decepção numa história de amor? Não, isso não. Risquei. "Era uma vez um menino que cheirava a mar. Um belo dia, enquanto passeava pela cidade, sem querer deu um pontapé numa carteira. Numa carteira de menina. Abriu e viu a fotografia da menina. Ó que coisa mais linda!, pensou ele. E depois partiu em busca da menina".
Depois tudo aquilo me pareceu muito linear. Que menino se apaixonava por uma fotografia? Voltei a fechar os olhos. De novo, com muita força. Sem querer, adormeci. E sonhei com fadas e princesas, dragões e torres muito altas. Voltei a ser menina.
Acho que me tornei a menina da história. A menina que perdera a carteira, enquanto regressava da praia. A menina por quem o menino se apaixonara. E pareceu-me bem.
Acordei e voltei a escrever. “O menino decidiu ir entregar a carteira na polícia”. Na polícia?? Os contos de fada não têm polícias. Têm dragões e têm valentes lenhadores. Ah, e príncipes também. Risquei tudinho. E comecei de novo. Desta vez, no computador.
“Ele acordou. Não se lembrava como tinha sido a noite anterior. Mas a tranquila respiração dela provava que tinha sido boa. Olhou de novo. Os cabelos revoltos deixavam ver um rosto de anjo. Aproximou-se do pescoço dela, para a voltar a beijar. Cheirava a mar. E de repente, tudo fez sentido”.
Achei que estava bom. Fiz “Guardar Como...” e salvei com o título “Cheiro a mar”.
Comecei por "Era uma vez..." e escrevi no fim "... e viveram felizes para sempre". Faltava-me o conteúdo do meio. Fechei os olhos com força e tentei imaginar o que me faria viver feliz para sempre. Imaginei o teu beijo. Imaginei o teu sabor. Imaginei o teu cheiro. Cheiravas a mar.
Abri os olhos e escrevi "Era uma vez um menino que cheirava a mar. Um belo dia, acordou bem cedo e olhou pela janela. Só viu prédios à sua frente... que decepção!". Uma decepção numa história de amor? Não, isso não. Risquei. "Era uma vez um menino que cheirava a mar. Um belo dia, enquanto passeava pela cidade, sem querer deu um pontapé numa carteira. Numa carteira de menina. Abriu e viu a fotografia da menina. Ó que coisa mais linda!, pensou ele. E depois partiu em busca da menina".
Depois tudo aquilo me pareceu muito linear. Que menino se apaixonava por uma fotografia? Voltei a fechar os olhos. De novo, com muita força. Sem querer, adormeci. E sonhei com fadas e princesas, dragões e torres muito altas. Voltei a ser menina.
Acho que me tornei a menina da história. A menina que perdera a carteira, enquanto regressava da praia. A menina por quem o menino se apaixonara. E pareceu-me bem.
Acordei e voltei a escrever. “O menino decidiu ir entregar a carteira na polícia”. Na polícia?? Os contos de fada não têm polícias. Têm dragões e têm valentes lenhadores. Ah, e príncipes também. Risquei tudinho. E comecei de novo. Desta vez, no computador.
“Ele acordou. Não se lembrava como tinha sido a noite anterior. Mas a tranquila respiração dela provava que tinha sido boa. Olhou de novo. Os cabelos revoltos deixavam ver um rosto de anjo. Aproximou-se do pescoço dela, para a voltar a beijar. Cheirava a mar. E de repente, tudo fez sentido”.
Achei que estava bom. Fiz “Guardar Como...” e salvei com o título “Cheiro a mar”.
13/09/2008
Inimigos
O Francisco, uma pessoa de quem gosto muito, postou no seu blogue a seguinte frase "Sou, de longe, o meu maior inimigo. O que torna mais difícil esta guerra é o facto de eu não me conhecer".
Fez-me pensar na guerra que abri ao resto do mundo. Esta semana, apetece-me ser do contra, ser anti-social ao ponto de não atender o telemóvel, tirar-lhe todos os resquícios de som para não ser obrigada a contactar com o resto do mundo.
Estou com a neura. E não me importo.
Esta semana, sou a minha maior inimiga. E estou-me nas tintas.
Até que ponto isto é muito grave?!
Fez-me pensar na guerra que abri ao resto do mundo. Esta semana, apetece-me ser do contra, ser anti-social ao ponto de não atender o telemóvel, tirar-lhe todos os resquícios de som para não ser obrigada a contactar com o resto do mundo.
Estou com a neura. E não me importo.
Esta semana, sou a minha maior inimiga. E estou-me nas tintas.
Até que ponto isto é muito grave?!
02/09/2008
Todo o ano
Não sei se gosto mais da Primavera ou se de ti. Da Primavera, gosto da frescura, do orvalho matinal, do chilrear dos pássaros e das flores em botão. Em ti, gosto da frescura do teu beijo, do brilho dos teus olhos e da suavidade do teu abraço.
Não sei. Estou indecisa.
Gosto mais do Verão, ou gosto mais de ti? Gosto dos gelados, das conversas na esplanada, dos passeios nocturnos na praia, de pés descalços e ombros desnudos, sem sentir frio. Em ti, gosto do doce da tua voz, do carinho que empregas em cada gesto e cada palavra.
Não sei. Estou indecisa.
E no Outono? Do Outono, gosto das folhas a caírem, das romãs bem vermelhas e do cheiro das castanhas. Em ti, gosto dos teus cabelos revoltos, da barba por fazer e que me faz cócegas quando te beijo.
Não sei. Estou indecisa.
Chega o Inverno. No Inverno, gosto do frio, quando estou à lareira, do anoitecer quando estás comigo. No Inverno, gosto de ficar em casa a ver um filme, abraçada a ti. No Inverno, gosto de brincar às cozinheiras, sujar-te a ponta do nariz e fugir do eminente ataque de cócegas.
Não sei. Acho que gosto de ti durante todo o ano.
Não sei. Estou indecisa.
Gosto mais do Verão, ou gosto mais de ti? Gosto dos gelados, das conversas na esplanada, dos passeios nocturnos na praia, de pés descalços e ombros desnudos, sem sentir frio. Em ti, gosto do doce da tua voz, do carinho que empregas em cada gesto e cada palavra.
Não sei. Estou indecisa.
E no Outono? Do Outono, gosto das folhas a caírem, das romãs bem vermelhas e do cheiro das castanhas. Em ti, gosto dos teus cabelos revoltos, da barba por fazer e que me faz cócegas quando te beijo.
Não sei. Estou indecisa.
Chega o Inverno. No Inverno, gosto do frio, quando estou à lareira, do anoitecer quando estás comigo. No Inverno, gosto de ficar em casa a ver um filme, abraçada a ti. No Inverno, gosto de brincar às cozinheiras, sujar-te a ponta do nariz e fugir do eminente ataque de cócegas.
Não sei. Acho que gosto de ti durante todo o ano.
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