21/12/2009
Visão
Podia com teus olhos
escrever a palavra mar.
Podia com teus olhos
escrever a palavra amar
não fossem amor já teus olhos.
Podia em teus olhos navegar
conjugar os verbos dar e receber.
Podia com teus olhos
escrever o verbo semear
e ser tua pele
a terra de nascer poema.
Podia com teus olhos escrever
a palavra além ou aqui
ou a palavra luar,
recolher-me em teus olhos de lua
só teus olhos amar.
Podia em teus olhos perder-me
não fossem, amor, teus olhos,
o tempo de achar-me.
A Música: Mind's Eye, de Wolfmother
14/11/2009
Olfacto
A Música: Smells Like Teen Spirit, na voz de Patti Smith
Five Senses
Hoje, apresento o "Olfacto".
Aceito sugestões musicais para os outros quatro sentidos: Tacto, Visão, Sabor e Audição.
08/10/2009
Scorpion Flower
Às vezes, mas só às vezes, gostava de congelar almas, tempo, corações e mentes só para ter a leve sensação que tenho algum poder sobre alguma coisa. Mas, a humanidade que em mim reside não mo permite e dou por mim a ser dominada pelos meus (singulares) sentimentos .
04/10/2009
Piece Of My Heart
Todos os dias, coloco mais uma pecinha naquilo que ando a construir. Até que, um dia, vou ter uma torre. Como aquelas das princesas.
26/09/2009
Creep
16/09/2009
I Just Want You
There are no unwinnable wars
There are no unrightable wrongs
Or unsingable songs
There are no unbeatable odds
There are no believable gods
There are no unnameable names
Shall I say it again, yeah
There are no impossible dreams
There are no invisible seams
Each night when the day is through
I don't ask much
I just want you
I just want you
There are no uncriminal crimes
There are no unrhymable rhymes
There are no identical twins or
forgivable sins
There are no incurable ills
There are no unkillable thrills
One thing and you know it's true,
I don't ask much
I just want you
I just want you
I just want you
I just want you
I'm sick and tired of bein' sick and tired
I used to go to bed so high and wired, yeah - yeah, yeah, yeah
I think I'll buy myself some plastic water
I guess I should have married Lennon's daughter, yeah - yeah, yeah, yeah
There are no unachievable goals
There are no unsaveable souls
No legitimate kings or queens, do
you know what I mean? Yeah
There are no indisputable truths
And there ain't no fountain of youth
Each night when the day is through,
I don't ask much
I just want you
I just want you
I just want you
I just want you
I just want you
14/09/2009
Someday we’ll Know
Um dia, tratei-te por "amor", mas não te apercebeste, porque falei baixinho. Tratei-te por "amor", porque me apeteceu, porque queria fazê-lo naquele momento, porque o coração assim me mandou, mas não ouviste. Não sei se teria sido melhor que ouvisses, apesar de não gostares. Foste o meu amor declarado durante uns centésimos de segundo.
Se tivesses ouvido, torcias o nariz. Mas, um dia, vou chamar-te "amor", alto e bom som, para tirar este peso do peito.
24/08/2009
Je danse avec l'amour
A dança é um acto louco de intimidade. Enquanto se dança, há alguém que invade o nosso perímetro de conforto. As mãos, os corpos, os olhos tocam-se. Um antropólogo, Edward T. Hall, que estudei em tempos, definiu quatro tipos de distâncias mensuráveis: distância íntima, pessoal, social e pública, redesenhando o conceito de "proxémica".
Na dança, tal como na vida, não pensamos se estamos a ultrapassar os limites pessoais, sociais e íntimos de das outras pessoas. Vivemos apenas.
Enquanto que, em algumas sociedades, a distância íntima, em modo 'próximo, variável entre os 0 e os 45 centímetros, é proibida, quem pensa nisso quando dança ou vive, intimamente?
19/08/2009
Tempo
11/08/2009
"Goodbye" Seems To Be The Hardest Word
What have I got to do to be heard
What do I say when it's all over
And sorry seems to be the hardest word
Sorry Seems to Be the Hardest Word, do álbum Blue Moves (1976) - Elton John
Permitam-me alterar o "Sorry" do título original para um mais nacional "Adeus", que nada tem a ver com a letra da música do Sir Elton.
Já por duas vezes encontrei no terminal dos expressos, em Lisboa, o mesmo pai e o mesmo filho a despedirem-se. Das duas vezes, partiram-me o coração. A criança, um rapazinho muito moreno, não deve ter mais de oito anos. Chora copiosamente, agarrado ao pai.
O pai, dono de uns lindos olhos azuis, conforta o filho, com beijos no cabelo, de uma forma muito controlada. Até que, inevitavelmente, o pequeno tem de entrar no veículo. Nessa altura, das duas vezes, o pai coloca os óculos escuros para que o filho não o veja a chorar, aumentando a dor da separação.
Por duas vezes, vi o pai a acenar ao filho com uma mão, até o autocarro sair do seu campo de visão, enquanto que, com a outra mão, limpa as lágrimas. Sozinho. Naquele terminal onde, diariamente, centenas (milhares?) de pessoas se despedem.
Também já me despedi de uma pessoas umas quantas dezenas de vezes naquele mesmo local. A dor de me despedir começa no exacto instante em que ele me pergunta "Vamos andando?". E custa. Muito. Ainda para mais quando odeio dizer "adeus" que, na minha opinião, é a palavra mais feia do dicionário.
Por norma, nunca digo "adeus". Prefiro um "até à próxima", ou um "quando chegar, aviso", ou um "vai-te embora, escusas de ficar aqui". Evito o terrível "adeus", porque, ao contrário da música, "sorry" não é a palavra mais dura.
07/08/2009
Boa noite, Lua
Parece que a Lua foi ontem. Parece que foi ontem que a Lua estava ali, bem redonda. Mas ontem, não vi o céu. Acordei tarde demais e a rainha da noite já não me viu.
Parece que foi ontem que olhei para as estrelas. Circundavam a Lua. Azul, amarela, com tons castanhos-terra. Uma Lua Cheia, meia-Crescente, meia-Nova, meia-Minguante, meia-poente e meia-todos-os-outros-pontos-cardeais. Uma míriade de pontos clarinhos num tapete negro, como a tez de um gato.
Tinha a impressão que a Lua foi ontem, mas parece que me enganei. A noite soava a doce de morango. Ou a gelatina de ananás, não sei ao certo... mas tinha travos agridoces. A noite, ou a Lua, tanto tem de doce, como de quente, como de negra, como de clara... é, apenas!
Parece que a Lua foi ontem. E com ela, contámos tracinhos de cor. Parece, mas não foi. Foi há tanto tempo que já nem sei.
03/08/2009
Twenty Four Hours
Todos os dias escrevo milhares de caracteres. Tantos que lhe perco a conta. Sei apenas que, no final de cada semana, ascendo às centenas de milhares de caracteres escritos. Tantos que dariam um livro.
Um livro que, todos os dias, começo a escrever e que nunca termino. Um livro que me acompanha há meses sem que tenha pensado sequer na personagem principal, no seu nome, idade ou profissão. Um livro que não tem uma página de rosto.
Todos os dias penso no quanto gostaria de ser autora do meu próprio livro. Todos os dias sento-me à frente do computador e volto a pensar no meu livro nunca escrito. Todos os dias pego no meu caderninho de capa verde e anoto pensamentos que nunca passam disso mesmo: de anotações no caderninho de capa verde. Todos os dias abro o caderninho e olho para as centenas de linhas escritas e que nunca vão ver a luz do dia.
Desistir é isto?
29/07/2009
A Warm Place
Segundo a Wikipédia, este álbum dos NIN na sua versão 'deluxe' tem uma particularidade em relação ao original: mais um decibel de volume. Às vezes, acontece isso com as pessoas: aumentam o volume e as capacidades, sem se aperceberem disso.
É fácil distinguir aqueles que gostam de chamar a atenção, porque, pura e simplesmente, precisam dela como de pão para a boca. Há muito anos, alguém me disse que o meu pior defeito era gostar de estar no centro das atenções. Foi há muitos anos, mas aquilo marcou-me.
Mas marcou-me mais, quando, há relativamente pouco tempo, outro alguém me disse a mesma coisa, por outras palavras. Mais comedidas, mais 'politicamente correctas', mas com o mesmo objectivo. Fiquei a pensar se sou mesmo assim e nunca me apercebi, ou se aquelas pessoas viam outra pessoa que não eu. Nunca cheguei a nenhuma conclusão, mas decidi-me a baixar decibéis na minha vivência.
Não sei se se tratou de uma correcção de estilo ou de maturidade, mas qualquer coisa se passou em mim.
24/07/2009
Art
Com ele (em pano de fundo), li, na parede branca do museu, a seguinte frase: "A beleza só existe no instante da criação ou no momento em que admiramos uma obra".
19/07/2009
27/05/2009
12/05/2009
10/05/2009
Home, sweet home...
É, em casa, que vivemos as nossas angústias e onde recuperamos de cada dia.
TU és a minha casa.
06/05/2009
19/04/2009
Revista 'Pública' deste domingo
Peço desculpa se é um lugar--comum, mas sei muito pouco sobre as mulheres.
São mais racionais do que os homens, menos imprevisíveis. O grande problema dos homens é serem traídos pela testosterona, muitos perderam a cabeça por causa disso. Não sei explicar às leitoras que possam estar a ler isto. Se vocês soubessem o que é a testosterona, compreenderiam melhor os homens. Um homem é capaz de andar
Uma mulher facilmente consegue seduzir um homem, bastando-lhe às vezes aparecer, enquanto para um homem é sempre mais difícil. Se fosse uma mulher, eu era difícil, para me levarem para a cama, era preciso darem-me bem a volta. Os homens têm por hábito dizer "se eu fosse mulher, era uma puta", e eu não.
As mulheres sabem de antemão se se vão deixar levar. Já escolheram. Um homem é pouco discreto, quando está apaixonado é exibicionista, é capaz de dizer a todos "estou completamente doido por aquela miúda", enquanto as mulheres são muito reservadas, até para a pessoa em causa. Por mim, uma mulher pode ser completamente fácil, desde que eu goste dela. O timing é fundamental. Há pessoas que se fazem tão difíceis, acham-se tão especiais que o timing entretanto passa... Tem de haver um grau de exigência, somos especiais e por isso somos exigentes. Mas não pode ser assim tanto. As pessoas com um grau de exigência tão grande acabam por fazer amor sozinhas, acabam por se tocar sozinhas, com o seu corpo magnífico, apenas e só para elas. Se calhar até preferem, não sei, mas foi com isso que ficaram. É um tremendo egoísmo. O corpo existe para ser partilhado - foi uma frase que inventei agora mas acho que é boa.
O que me atrai numa mulher é a personalidade. Gosto que saiba o meu nome completo, é fundamental: Fernando António Ribeiro de Alvim, o "de" é muito importante. Vejo logo se uma mulher me ama se ela sabe de imediato o meu nome completo.
Quando um homem arruma a casa, com toda a boa vontade e competência, nunca fica da mesma maneira, a mulher tem um toque especial. Se construirmos uma casa em tijolo, vai ser melhor do que a de uma mulher. Isto não é preconceito nenhum, há actividades que nós crescemos a saber fazer. É como Portugal a jogar hóquei em patins - é natural que a Suíça ainda demore muitos anos até ficar aveludada, se é que vai chegar lá. Temos uns anos de avanço de hóquei em patins. Com os homens é o mesmo em relação às mulheres, a passar a ferro se calhar também não somos tão bons, ainda nos faltam uns anos valentes. Eu adoro cozinhar, é um prazer que não dispenso.
Adoro mulheres, são um ser bípede fora do normal. A forma como se movem, se soubessem como são engraçadas... Ninguém corre como elas, às vezes são desengonçadas e isso torna-as muito cómicas. Tive uma namorada que sempre que corria eu chorava a rir, às vezes tentava fazer com que ela corresse atrás de mim, só para a ver correr e só para chorar a rir e depois ela apanhava-me porque eu me deitava no chão a rir.
Já encontrei várias vezes a pessoa de quem gosto, mas nunca era a mesma. Podia ser considerado uma falência emocional, podia pensar que todas as minhas relações falharam, mas eu acredito que é uma opção de vida que merece tanto respeito como outra qualquer. Se calhar não fui feito para viver numa relação estável, ter filhos e casar. Os meus casos são sempre casos sérios, fico muito envolvido, mas elas sabem que dificilmente se passará a outra fase. Quando gosto, gosto de uma forma muito intensa. Mas preciso de liberdade individual e gosto de dar essa liberdade à outra pessoa.
Não gosto de mulheres-mães e nunca entendi a história de "a minha mãe é a minha melhor amiga". A melhor amiga deve ser uma amiga mesmo. Mãe é mãe e gosto muito da minha. Já a tenho, para que é que quero outra?
Gosto de mulheres muito espertas, de rápida reacção, gosto de mulheres duras, de firme personalidade. Gosto de uma mulher que perceba imediatamente que, se eu levar o telemóvel para a casa de banho, estou a fazer algo de errado. Não sou mentiroso mas gosto de ser aldrabão, usando o humor. Ela rapidamente percebe que eu estou a mentir porque uso o exagero e o exagero é a denúncia da mentira. Não fui nenhum santinho, mas nunca tive uma namorada tonta. Ela tem de ter uma personalidade muito forte, isso para mim é muito excitante.
06/04/2009
Equilíbrio
Parece tudo muito complicado, mas vou repetir o que disse há uns tempos: na minha cabeça, faz sentido.
Gosto de me sentir esclarecida e de conhecer todos os lados, todas as perspectivas.
Gosto de pesar prós-e-contras.
Gosto de se sentir segura no momento de tomar decisões.
Gosto de trabalhar sobre hipóteses.
E, chego à conclusão, que, às vezes, talvez seja esse o meu problema. Um dia destes, alguém me disse que tinha de me distanciar um pouco mais das emoções. E, sei que isso é uma hipótese que não se coloca, naquela situação em concreto. Pode parecer chocante mas gosto de tudo o que a paixão acarreta.
Apesar de ser, teoricamente, equilibrada, gosto de me sentir feliz, mas miserável ao mesmo tempo, porque sei que é algo que passa rápido. Este fim-de-semana, li (na diagonal, confesso) uma reportagem sobre o amor/paixão. A pessoa que estava comigo disse que acreditava naquele tipo de amor que dura para sempre. No amor que nasce e se prolonga por muitos anos. No amor que se observa nos idosos de mão dada. Pensei para comigo: "Isso nasce de algum lado. Porque não aqui e agora?".
Apesar de ser, teoricamente, equilibrada, gosto de pensar com o coração, porque, por norma, está em consonância com a minha outra parte: a racional. E, mais uma vez, pode parecer chocante, mas tudo o que digo e faço, faço-o em consciência. E quando digo que quero apostar numa certa pessoa... levem-me a sério.
29/03/2009
Modus Operandi
A saudade funciona como um criminoso. Ataca sempre da mesma forma, nas mesmas ocasiões, com as mesmas armas e, às vezes, toma a mesma vítima.
Sei que, quando tenho um dia esgotante, sinto a falta daquele aconchego. Sei que, quando entro no carro e ponho a tocar uma música mais suave, a saudade me ronda. Sei identificá-la pelo silêncio. Em pés de lã, aproxima-se até me fazer chorar. Em pés de lã, aperta-me o peito. E, é também em pés de lã, que me atormenta até adormecer, sussurrando ao ouvido, com uma voz terna.
24/03/2009
22/03/2009
"Não há maneira de disciplinar o coração"
19/03/2009
Gostava que...
17/03/2009
Valsa para o ausente
A minha voz
Na tua solidão
Procura ver
Meu corpo a sós
Arder na escuridão
Procura, amor
Em tua dor
Sentir o pranto meu
Aqui estou eu
A te esperar
Com tudo que foi teu
Não tardes mais
Que as tardes más
Já vão anoitecer
Vinicius de Moraes
Há uns dias, a Ni escreveu um post onde, mais um vez, abordava a temática da saudade. Um sentimento com o qual tive de aprender a conviver. Não é fácil. Porque existem dias em que tudo corre mal e gostava que ele estivesse ali para, mesmo em silêncio, me dar a mão.
Aprendi a conviver com a saudade. Com as mensagens. Com as chamadas. Com o ouvir apenas a voz, enquanto olho para a fotografia e imagino as expressões. E, hoje, Vinicius leu-me o pensamento...
11/03/2009
Transformação do ser
Um arrepio de frio subiu-lhe pelas costas. Não foi a mais agradável das experiências: a auto-avaliação pode ser cruel.
Olhava para o espelho e continuava sem reconhecer aquele rosto amargo que insistia em fitá-la. A ela, sempre tão alegre. Aqueles olhar triste queimava-a, dilacerava-a por dentro, como se mil facas a esquartejassem, porque sabia que não era assim: amargurada. Sorriu para o espelho, que não lhe retribuiu a simpatia. Era preciso mais, muito mais para que o espelho lhe mostrasse outra imagem.
Era os olhos que precisava mudar. O sorriso, esse apenas transmite os recados da alma. Precisava de mudar. Mudar por dentro, para mudar por fora.
10/03/2009
07/03/2009
04/03/2009
01/03/2009
21/02/2009
Sentir... do verbo sentir!
18/02/2009
Como disse?
15/02/2009
09/02/2009
Há muito, muito tempo...
... o E pediu-me em namoro quando tínhamos 13 anos e disse à minha mãe que era o meu namorado.
... o N disse-me que se tivesse pedido, ele teria ficado... e fez-me uma surpresa digna de filme: apareceu no meio do hotel com o maior sorriso que alguma vez vi.
... o M disse-me que era a princesa mais linda do mundo.
... o H disse que me amava.
... outro N aprendeu a dizer 'Ich Liebe Dich' para mo gritar no meio de um intervalo.
... o T fez quase 50 quilómetros para me vir entregar uma flor, a meio da noite.
... o R enviou-me uma mensagem que só dizia "bom dia, minha linda! adoro-te".
... o J também me enviou uma mensagem que dizia apenas GMDT (= gosto muito de ti).
... outro M chorou quando demos o primeiro beijo.
Nenhum destes acontecimentos 'caiu' no Dia dos Namorados. Por isso... dia de São quê? Não preciso que o calendário me diga quando ou onde devo ter os meus momentos românticos e inesquecíveis. Não preciso que o calendário me mande comprar uma prenda para agradar a alguém... prefiro o amor sem hora marcada!
03/02/2009
Apetecia-me...
... calçar uns sapatos que me fizessem parecer mais alta e elegante;
... pôr um perfume suave e, ao mesmo tempo, provocante;
... pegar num copo de vinho;
... dançar uma música calma e relaxante;
... deixar-me envolver nos teus braços, como se fossem uma extensão de mim própria;
... trincar um chocolate e beijar-te, deixar o gosto na tua boca e voltar a beijar-te;
... olhar para a rua e, sem me importar com o frio ou a chuva, ver alguma beleza na imensidão da noite;
... sentir uma princesa, mesmo que, amanhã, volte a ser uma plebeia.
29/01/2009
Se tu viesses ver-me...
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
25/01/2009
Esquecimento
Quando o vento uivou, junto da minha janela, e, lá fora, a chuva rebatida chicoteava as persianas, tive vontade de correr para o teu abrigo e chorar no teu peito.
Esqueci-me de dizer que morro de medo dos temporais.
Que escondo a cabeça debaixo dos cobertores.
Que tapo os ouvidos, com a almofada.
Não sou assim tão forte.
Nem corajosa.
Nem ousada.
Esqueci-me, desculpa. Estou só com medo... é só isso! Fazes-me falta!
21/01/2009
A tua ausência
Tive saudades.
Acordei e, com um gesto impensado, procurei-te, mas tu não estavas. Nunca senti tanta falta de alguém como hoje. Senti a falta do teu calor ao lado do meu. Nada mais simples.
Tive saudades.
Quando acordei, esta manhã, lembrei-me que havia sonhado contigo. Talvez, por isso, tivesse sentido tanto (ou mais ainda) a tua ausência.
19/01/2009
17/01/2009
À noite...
Enquanto fechava a janela do quarto, olhou para o horizonte, enquanto Mozart ecoava pela casa quase vazia.
Escurecia. A cama aberta lembrava-a que, à noite, deitar-se-ia, de novo, sozinha. E lá fora continuava a escurecer. Já não sentia medo do escuro, nem receava que um monstro saltasse do armário... sentia, sim, cócegas de solidão.
Sentiu um arrepio estranho. Como se a noite lhe tivesse entrado pela casa dentro e tivesse absorvido o calor que havia entrado pela janela durante todo o dia. Tentou distrair-se, abster-se do sussurro da noite. Aquela escuridão, que saltitava à sua frente, não a deixava tranquila.
Se, ao menos, ele ali estivesse.
Se estivesse, gozava com aquela noite malvada. Reduzi-la-ia ao ridículo. E não deixava que a noite atormentasse um serão que se queria tranquilo. E se eu lhe telefonasse? não. Seria a solução mais fácil. E ela era uma mulher. Não uma criancinha assustada.
O telefone tocou. Queria ouvir a tua voz hoje. Como foi ele adivinhar?!
Foi mais cedo para a cama. Sem medos, porque embora longe, ele estava ali. A afastar as cócegas da solidão e a aquecer a noite. E a cama vazia de um corpo.
14/01/2009
Eu acredito nisto. E tu?
13/01/2009
Gosto de... primeira parte
06/01/2009
Tudo o que eu não disse
Poder de encaixe
Transformação do ser
Fazes com que as coisas valham a pena
Só lamento que não me apeteça publicar nenhum deles. Tanto que fica por dizer. Talvez para a próxima.
05/01/2009
04/01/2009
Passarinho palerma
02/01/2009
O signo Peixes e o novo ano
Segundo os signos do zodíaco sou Peixes. E depois temos o horóscopo Xamânico (dos nativos norte-americanos) que diz que sou Lobo. O horóscopo chinês revela que sou Porco e segundo o azteca, sou Macaco. E ainda mais uma: o horóscopo das flores atribuiu-me o Cravo.
No Clix-Horóscopo, as previsões Peixes rezam da seguinte forma:
2009 será um ano em que a noção de grupo será muito importante para si. Estabelecimento de novos contactos e alargamento do grupo de amigos poderá ser muito importante. Uma nova força interior irá se fazer sentir ao longo do ano, dê-se a conhecer aos outros, integrando-se e envolvendo-se com as pessoas que o rodeiam. A sua intuição tenderá a aumentar durante este ano, pelo que deve dar ouvidos à sua intuição para resolver as situações difíceis que poderão aparecer ao longo deste ano. Ano pautado pelo convívio social que ajudará a manter a sua auto-estima e capacidade de iniciativa.
Descobri também que, para 2009 correr bem, tenho de relaxar mais e não ser tão impulsiva nos relacionamentos sociais e amorosos. Vou ser recompensada por todos os esforços anteriores e vou ter a oportunidade de me destacar na equipa. Isto tudo, porque segundo me apercebi, tive a sorte de nascer no 1.º terço do horóscopo.
E como sou Peixes com ascendente em Peixes, a coisa parece que melhora substancialmente. No meio disto tudo, apenas me resta desejar-vos um excelente 2009.